segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Resenha Crítica, gênero textual da esfera jornalística

Disciplina
Língua Portuguesa
Introdução
A sociedade contemporânea está imersa na oferta de uma inumerável quantidade de produtos culturais que estão aí para serem consumidos. Fazer escolhas baseadas nas leituras de opiniões de críticos respeitados da imprensa - as resenhas críticas - pode ser uma boa alternativa. Assim como saber emitir um ponto de vista sobre os objetos culturais contemporâneos e argumentar em seu favor podem auxiliar outros nas suas escolhas. Portanto, compreender e produzir uma resenha crítica são ferramentas importantes para participar do mundo cultural de hoje.
Objetivos
Ampliar a capacidade de argumentar por escrito; Ler resenhas críticas; Produzir resenhas críticas; Compreender a resenha crítica como gênero textual da esfera jornalística que tem como finalidade orientar o leitor de uma revista, jornal ou internet sobre o lançamento de um objeto cultural: um livro, um filme, um cd, um dvd, um espetáculo teatral ou musical, uma exposição de artes plásticas, etc; Compreender a resenha crítica como um gênero textual que apresenta informações, além de comentários e avaliações sobre o objeto resenhado.
Conteúdos específicos
Resenha crítica
Situação de produção
Organizadores textuais
Tempo estimado
2 meses para o ensino da resenha e um ano letivo para a publicação mensal das resenhas que vão sendo produzidas para os livros e filmes que a turma vai estudando nas diferentes disciplinas.
Anos
8º e 9º
Material necessário
Um acervo de:
- Resenhas críticas publicadas em jornais, revistas e na internet.
- Textos jornalísticos argumentativos: editoriais, artigos de opinião e cartas de leitor
- Sinopses de catálogos de editoras, da 4ª capa de livros, de capa de dvd e da programação dos cinemas da cidade publicada nos jornais.
- Livros
- Dvds
Desenvolvimento das atividades
1ª etapa  Questione a classe sobre o que sabem sobre esse gênero textual. Peça para trazerem de casa recortes de resenhas. Monte um painel com estes textos. Elabore com os alunos uma definição para resenha. Ilustre o painel com a definição. Comente que estudarão resenha crítica, que é um gênero textual argumentativo da esfera jornalística, como também o são o editorial, o artigo de opinião e a carta do leitor. Acrescente que o estudo terá um produto final: a publicação mensal no mural ou no jornal da escola das resenhas elaboradas pelos alunos para os livros lidos e filmes assistidos no mes, nas diferentes disciplinas. As resenhas vão sendo produzidas ao longo do ano e publicadas no mural ou jornal da escola. Cópias vão sendo guardadas para compor um álbum de resenhas que será doado para a biblioteca como material de pesquisa.

Modelos para Análise Reuna modelos de resenhas críticas publicadas em jornais, revistas e na internet. Procure diversificar o acervo, com resenhas de cds, filmes, livros, shows, peças de teatro, exposições de arte. Escolha algumas para apresentar em retroprojetor. Se for possível, tire cópias para todos os alunos daquelas que serão lidas e analisadas para estudo das características textuais. Apresente uma resenha de cada vez. Faça a leitura com os alunos, ajudando-os a observar a parte que apresenta um resumo do objeto resenhado e a parte que tem uma opinião sobre ele.

Comparação 1 - Compare resenha crítica com outros textos argumentativos da esfera jornalística, editoriais, artigos de opinião e cartas de leitor. Mostre aos alunos que embora sejam textos argumentativos, como a resenha, as finalidades não são as mesmas. Peça que conversem sobre a função que cada um desses gêneros textuais tem.

Comparação 2 - Compare resenha crítica com sinopse da 4ª capa (parte de trás da capa de um livro), de catálogos de editoras, de capa de dvd. Analise com os alunos a linguagem do texto da 4ª capa  e das demais sinopses. Esses textos são também argumentativos, uma vez que a intenção é convencer o leitor a ler ou a ver o filme, mas diferem da resenha porque seu conteúdo é sempre favorável à obra, uma vez que são produzidos com a intenção de divulgar o produto.
2ª etapa Analisar a Situação de Produção - Analise com a classe a situação de produção de cada resenha. Quem é o autor? O que ele é? Para que leitor ele escreveu a resenha? Qual é o tema ou o objeto cultural de sua resenha? Onde foi publicada? Em que data? Qual é o objetivo da resenha?
3ª etapa Identificar os elementos que compõem uma resenha - Na parte descritiva, se for um livro, são dadas as seguintes informações: nome do autor (ou autores); título completo da obra; nome da editora; lugar e data da publicação; número de volumes e páginas. No caso de uma obra estrangeira, é útil informar também a língua da versão original, o título na língua original e o nome do tradutor. Indague sobre quais são as informações da parte descritiva da resenha de um filme. Forneça algumas resenhas de filme para os alunos perceberem os elementos que constituem a parte descritiva deste tipo de resenha.
Depois, escolha duas resenhas. Proponha que os alunos preencham, para cada uma, um quadro dividido em duas partes: Trechos descritivos da obra / Trechos de comentários. Peça para observarem se há mais comentários positivos ou negativos sobre o objeto. E que palavras ou expressões foram usadas para expressar o comentário positivo e o comentário negativo. Analise o papel dos adjetivos, substantivos e advérbios para dar um peso mais negativo ou positivo ao comentário. Mostre que resenhas têm título atribuído a elas pelo resenhista, um título diferente do nome original da obra.
4ª etapa Analisar os organizadores textuais, como mecanismos que fazem a conexão entre as idéias, entre as frases e entre os parágrafos. Grande parte desses organizadores são conhecidos, na gramática normativa, como conectivos de coordenação e subordinação. Peça para a classe observar a função dos organizadores textuais: adição de idéias, contraste entre idéias ou argumentos contrários, explicação, introdução de argumentos, causas ou justificativas ou introdução de uma conclusão. Elabore com os alunos um quadro com duas colunas: lista dos organizadores textuais encontrados / função do organizador textual. Por exemplo: uma vez que / justificativa
5ª etapa Produção textual - 1ª produção de uma resenha crítica de um livro. Cada aluno escolhe um livro para ler em casa e, depois, resenhar na classe com data marcada. No dia combinado, quando todos tiverem concluído o rascunho, oriente a revisão em duplas. Os dois alunos analisam juntos uma resenha, identificando aspectos que precisam de alteração; depois a outra. Em seguida, cada um reescreve a sua, podendo contar com o parceiro, caso necessite. Depois de revisadas pelos alunos e pelo professor, as resenhas serão expostas no mural da classe ou no jornal da escola. Assim, durante o ano letivo, haverá outras ocasiões em que os alunos serão solicitados a resenhar livros ou dvds, cuja publicação deverá estar sempre garantida. Os objetos resenhados devem envolver livros e dvds utilizados como material didático nas diferentes disciplinas.
Produto final
Publicação mensal no mural ou no jornal da escola das resenhas elaboradas pelos alunos para os livros lidos e filmes assistidos no mês, nas diferentes disciplinas. As resenhas vão sendo produzidas ao longo do ano e publicadas no mural ou jornal da escola. Cópias vão sendo guardadas para compor um álbum de resenhas que será doado para a biblioteca para compor o acervo de material de pesquisa.
Avaliação
São várias as oportunidades de avaliar o aluno, de perceber seus avanços e dificuldades e de interferir neste processo, pois, a todo momento, o aluno estará se expondo oralmente e por escrito. Para a avaliação do(s) texto(s) produzido(s), combine critérios com a turma, desde as características do gênero textual, sua função e as condições de produção, até aspectos como pontuação, concordância, ortografia e acentuação. Para você e o próprio aluno acompanharem o processo de apropriação da escrita do gênero textual resenha crítica, oriente que cópias das produções sejam arquivadas numa pasta individual. E a cada nova produção seja feita uma comparação com a anterior.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

TRABALENGUAS -TRAVA-LÍNGUAS

Trava-língua (trabalengua) é uma espécie de jogo verbal que consiste em dizer, com clareza e rapidez, versos ou frases com grande concentração de sílabas difíceis de pronunciar, ou de sílabas formadas com os mesmos sons, mas em ordem diferente. Os trava-línguas são oriundos da cultura popular, são modalidades de parlendas (rimas infantis), podendo aparecer sob a forma de prosa, versos, ou frases. Os trava-línguas recebem essa denominação devido à dificuldade que as pessoas enfrentam ao tentar pronunciá-los sem tropeços, ou, como o próprio nome diz, sem "travar a língua". Além de aperfeiçoarem a pronúncia, servem para divertir e provocar disputa entre amigos.

Veja a seguir uma série de trava-línguas em espanhol e tente pronunciá-los rapidamente:


Me han dicho un dicho,
que dicen que he dicho yo.
Ese dicho está mal dicho,
 pues si yo lo hubiera dicho,
  estaría mejor dicho,
  que ese dicho que dicen  
 que algún día dije yo.     

       
                                                                                     
.
Recia la rajada rueda,
rueda rugiendo rudamente rauda.
Rauda rueda rugiendo
rudamente la rajada rueda.
¡Rueda rauda, recia rueda,
rauda reciamente rueda!
¡Rueda recia, rauda rueda,
rugiente rajada rueda!  



                                 El que poco coco come,
                                   poco coco compra;
                               el que poca capa se tapa,
                                  poca capa se compra.
                               Como yo poco coco como,
                                   poco coco compro,
                             y como poca capa me tapo,
                                    poca capa me compro.




Pablito clavó un clavito,
un clavito clavó Pablito.
¿Qué clase de clavito clavó Pablito?



                                                             ¿Con cuántas planchas
                                                                  Pancha plancha?
                                                                 Pancha plancha
                                                               con cuatro planchas.



Quiero y no quiero querer
a quien no queriendo quiero.

He querido sin querer
y estoy sin querer queriendo.
Si por mucho que te quiero,
quieres que te quiera más,
te quiero más que me quieres
¿que más quieres?, ¿quieres más?







                                                                  Me lo han españolizado,
                                                         no sé quién me lo desespañolizará.
                                                                     El que me lo desespañolice
                                                                     buen desespañolizador será.


terça-feira, 10 de agosto de 2010

"C a r p e D i e m" !!!! Expandindo Horizontes

Usando a tecnologia ao nosso favor

O poder da tecnologia em nossas vidas é muito grande. A chegada da informática fez com que os meios áudios visuais passassem por uma grande transformação, sendo todos agregados em um só meio, a internet, ferramenta hoje imprescindível a toda humanidade. Isto poderia ajudar no incentivo para a volta da leitura, pois como se sabe, a internet tem seu espaço ocupado muito mais com texto do que com imagens. A leitura abre horizontes, melhora as condições de vida, ajuda a decidir. A leitura liberta o homem.

Criar o habito da leitura
Por mais esquisito que pareça, prazeres precisam ser apresentados. Você precisa ter acesso, provar e gostar, ou não. As crianças preferem outras atividades, em vez de ler, porque ela não incentivada a esse habito. Se houver algum adulto - aquele ser que criança adora imitar - por perto delas e que ame livros e a leitura ela provavelmente vai gostar de ler. O mundo da leitura nos dá abrigo, refúgio, medo, conforto, mais dúvidas, novidades, frio na barriga...

CIRCULO VICIOSO

A proposta é de fazer círculos de leitura é criar momentos no cotidiano escolar em que todos param para ler e depois comentam a leitura com os colegas que leram o mesmo livro e posteriormente com toda a sala. Depois de lerem os livros que elabore uma pequena história relacionada com o livro.

Objetivos
Confrontar interpretações e saber articular argumentos que sustentem seu ponto de vista;
Engajar-se em discussões sobre leituras realizadas, levando em conta o ponto de vista dos colegas e usando as questões trazidas por eles para rever suas próprias ideias e impressões;
Valorizar a leitura como uma fonte de prazer e entretenimento;
Interesse por compartilhar opiniões, ideias e preferências acerca dos livros lidos.

Material necessário
Diversos títulos de livros, cada um com vários exemplares.

Desenvolvimento
Os alunos escolhem os livros que vão ler e em pequenos grupos discutem a leitura.
As aulas devem funcionar como reais conversas entre leitores, portanto, apresentação de pontos de vista pessoais, questionamento sobre pontos da história que permitem várias interpretações e digressões são práticas bem vindas.
O prazer de ler e compartilhar impressões sobre livros deve dar o tom dos encontros.
Quando a leitura do livro lido pelo grupo acaba, as crianças compartilham com toda a sala os pontos altos dessa leitura e, com isso, novos grupos são formados.

 Dica de FILME: Sociedade dos Poetas Mortos

Trata-se da história de um grupo de jovens alunos que tem o privilégio de trabalhar com um professor visionário, de atitudes inesperadas, que os instigou a pensar por conta própria (o que lhe rende críticas dos colegas e da instituição) e que arrebatou-lhes os corações. Por ter sido aluno dessa escola, Keating teve sua vida acadêmica retratada nos famosos "Year books" das "high schools" norte-americanas e, entre as informações sobre esse nobre aluno, consta uma a respeito de ter participado de uma tal "sociedade dos poetas mortos". Essa informação desperta a curiosidade dos alunos, que lhe pedem informações acerca das atividades desse grupo. Informados de que se tratava de uma turma de alunos que se reunia para ler poesias e aproveitar tudo aquilo que aqueles grandes escritores tinham produzido para seu próprio prazer e engrandecimento, resolvem fazer com que a "Sociedade" ressurja.

COMENTÁRIOS

"Sociedade dos Poetas Mortos" é um filme imperdível para quem ama a educação, para quem alimenta ideais de reformular, para quem tem um profundo respeito e preocupação com essa juventude com que trabalhamos. Discutir esses temas todos, reformular as nossas práticas, alimentar nossos sonhos, rever posturas e condutas e, principalmente, olhar para nós mesmos e para nossos alunos em busca daquilo que nos faça sentir orgulho do que fizemos em nossas vidas, vale o ingresso. Boa diversão e "Carpe Diem"!

Despertando o olhar para os diversos Brasis

“A diversidade das culturas humanas está atrás de nós, à nossa volta e à nossa frente.  A única exigência que podemos fazer a seu respeito é que cada cultura contribua para a generosidade das outras” (Claude Lévi-Strauss)

"Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. "
Carlos Drummond de Andrade

A Lingua sofre transformações com o passar do tempo em virtude de vários fatores advindos da própria sociedade, que também é totalmente mutável.

Existem diferentes variações ocorridas na língua, entre elas estão:

Variação Histórica - Aquela que sofre transformações ao longo do tempo. Como por exemplo, a palavra “Você”, que antes era vosmecê e que agora, diante da linguagem reduzida no meio eletrônico, é apenas VC.

Variação Regional (os chamados dialetos) - São as variações ocorridas de acordo com a cultura de uma determinada região, tomamos como exemplo a palavra mandioca, que em certas regiões é tratada por macaxeira; e abóbora, que é conhecida como jerimum.

Destaca-se também o caso do dialeto caipira, o qual pertence àquelas pessoas que não tiveram a oportunidade de ter uma educação formal, e em função disso, não conhecem a linguagem “culta”.


Vício na fala

Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
                                                                              Oswald de Andrade

Variação Social - É aquela pertencente a um grupo específico de pessoas. Neste caso, podemos destacar as gírias, as quais pertencem a grupos de surfistas, tatuadores, entre outros; a linguagem coloquial, usada no dia a dia das pessoas; e a linguagem formal, que é aquela utilizada pelas pessoas de maior prestígio social.